domingo, 27 de janeiro de 2013

História com H de Edu Ribeiro-VOCÊ SABIA QUE JOSEENSES LUTARAM NA 2ª GUERRA MUNDIAL?


Sempre em busca de novos desafios dos fatos históricos que abrangem nossa cidade me deparei com algo interessante bem no centro de nossa cidade. Na orla do banhado vi uma grande estatua de um soldado com a bandeira brasileira nos braços, pés sobre uma pedra e fui observar de perto e vi a importância extrema que tem, tenho absoluta certeza que muitos acham apenas como um belo adorno da linda vista que temos do banhado. Trata-se do monumento ao Soldado Expedicionário, onde tive o privilégio de conhecer um pessoalmente com muita saúde e lúcido, mesmo com a idade existente morando bem na região central de nossa cidade. Para abrilhantar ainda mais esta matéria procurei um dos maiores pesquisadores históricos de nossa cidade o Prof. Sr. Douglas de Almeida, rapaz jovem, mas muito focado em suas pesquisas.
Abaixo o trecho de nossa conversa:

Douglas, você como pesquisador histórico de nossa cidade o que você diz sobre a não observação deste lindo monumento pelos cidadãos joseenses?
A maioria das pessoas que utilizam o transporte público em São José dos Campos passam todos os dias pela Orla do Banhado. Operários e estudantes, diaristas e professores, crianças e idosos, a maioria dessas pessoas tem a chance de contemplar o Banhado, cartão postal de nossa cidade. Em meio à agitação da vida cotidiana de uma cidade como São José dos Campos, percebe-se certo desconhecimento por parte dos joseenses da existência dos monumentos históricos que estão localizados na Orla do Banhado. Um deles em particular é o Monumento ao Soldado Expedicionário. Trata-se de uma obra com mais ou menos três metros de altura onde um soldado expedicionário está de pé sob uma pedra erguendo a bandeira nacional em sinal de vitória. Abaixo da estátua, cravado na pedra está o dístico da Cobra Fumando, símbolo da Força Expedicionária Brasileira (FEB).
Para entender melhor o que realmente foi a Força Expedicionária?
 A FEB foi à primeira força terrestre a lutar fora do território nacional. Composta por 25 mil homens, a FEB atuou no Teatro de Operações da Itália durante a Segunda Guerra Mundial. Nesta época o território italiano era dominado pelas forças nazifascistas de Benito Mussolini e Adolf Hitler. A guerra se desenrolava na Península Itálica entre as forças Aliadas e as forças do Eixo. Desde julho de 1944 a julho de 1945, a FEB permaneceu na Itália como um exército das forças Aliadas. Os brasileiros demonstraram sua importância na derrota das forças ítalo-germânicas as empurrando cada vez mais para o norte da Península Itálica.
Este fato você tomou conhecimento de que jeito, porque lhe chamou a atenção este assunto?
      Quando era um simples garoto em idade escolar, o Monumento ao Soldado Expedicionário sempre chamava minha atenção. Logo, percebi que havia um local vazio na pedra fundamental do monumento indicando que a placa original havia sido retirada. Não havia nenhuma placa de identificação, por isso sentia uma enorme vontade de conhecer a história por de trás daquele monumento. De fato, a sombra enigmática do significado deste monumento continuou em minha memória durante toda minha infância e adolescência, até que aos 19 anos já como aluno do 1° semestre do curso de História da Universidade do Vale do Paraíba decidi pesquisar a História dos brasileiros que lutaram na Segunda Guerra Mundial, e assim cumprir as exigências do trabalho de conclusão de curso a ser apresentado no final da graduação. De um jovem que ingenuamente cortejava a guerra, esta pesquisa contribuiu para meu amadurecimento e iniciação na pesquisa e desenvolvimento científico.

Esta guerra durou até quando?
A Segunda Guerra Mundial teve fim no ano de 1945 e apenas em 1981 os ex-combatentes de São José dos Campos receberam a sua justa e merecida homenagem pelos serviços prestados ao país. Hoje, 67 anos depois do maior conflito mundial da História, poucas pessoas conhecem a história da Força Expedicionária Brasileira.
Realmente um fato histórico que deveria ser mais abrilhantado para nós joseenses, não acha?
Precisamos de políticas publicas de incentivo a preservação da História de nossos patrimônios históricos. Patrimônio não deve ser entendido apenas como algo que não deve ser alterado. Preservar é mais do que não alterar. Apenas com a preservação da história o patrimônio adquire um significado.  
 Aguardem até a próxima matéria que vem recheada de conhecimentos históricos de nossa querida São José dos Campos. 
 
Abraços e até a próxima do Edu Ribeiro 
Foto: Prof Douglas de Almeida Silva

JORNAL

SOLDADO EXPEDICIONARIO

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